O que acontece quando vamos numa viagem de surf para a Irlanda e percebemos que praticamente não vai haver ondas?
Bebemos Guiness, vemos a paisagem, rimos até mais não e recordamos o falhanço desta viagem sempre com um sorriso na cara :)
O que acontece quando vamos numa viagem de surf para a Irlanda e percebemos que praticamente não vai haver ondas?
Bebemos Guiness, vemos a paisagem, rimos até mais não e recordamos o falhanço desta viagem sempre com um sorriso na cara :)
Tenho tido a sorte de fazer muitas viagens em trabalho, algumas são uma verdadeira seca, outras uma verdadeira surpresa, mas na pior das hipóteses sempre é mais um país que se conhece.
Ao contrário do que a maioria das pessoas acha, viajar em trabalho não é um sonho, o despertar é na maior parte das vezes às 7h da manhã e o adormecer raramente é antes da 1h da manhã (recarregar baetrias das máquinas, descarregar cartões, fazer backups), o trabalho em si muitas vezes também não é o mais aliciante, mas faz parte e não me posso queixar.
Desta vez foi diferente, a convite da agência de viagens "COSMOS", para quem trabalho regularmente e a quem agradeço ter-me levado a visitar sítios incríveis, parti para o País Basco com o chef Ljubomir Stanisic, a sua mulher Mónica franco e uns 15 afortunados que também embarcaram nesta viagem dos sabores.
Nunca tinha feito uma viagem gastronómica e fiquei rendido! Comemos incrivelmente bem, bebemos com igual qualidade e visitámos restaurantes que provavelmente nunca na minha vida teria ido. O Ljubomir e a Mónica são 5 estrelas, e se acham que o que ele faz na tv é show off, desenganem-se! ele é igual a si próprio e sem filtros, como a malta gosta.
Um grande obrigado ao João Silva da "COSMOS" pelo convite e pela organização do programa, melhor teria sido difícil. Na revista "VISÃO" desta semana podem ver e ler mais desta viagem com fotografia minhas e palavras da Mónica.
Deixo-vos um pequeno resumo da minha escolha.
No mês passado o meu amigo Veiga, que juntamente com outros artistas/amigos está a dinamizar S. Luis, convidou-me para participar numa exposição colectiva.
A exposição ia ter lugar em S. Luis (perto de Milfontes) no dia 14, na porta 14 e onde outrora viveu o senhor 14. Parece rebuscado mas não é, basta os astros se alinharem e acontecem coisas boas como esta foi. Muitos artistas, da música ao estilismo, passando pelo teatro, fotografia, ilustração, comida e um excelente ambiente.
Quando fui ver o espaço, fiquei logo cheio de pica, estamos a falar de uma casa antiga mas que ainda tem as mobílias da senhoria e uma quantidade enorme de velharias dignas de serem expostas. O espaço que me calhou foi um quarto, e pensei que em vez de levar um trabalho qualquer para expôr, iria pensar num tema que encaixasse naquele quarto. Normalmente o nosso quarto é onde sonhamos, a cores ou a preto e branco, sonhos bons e sonhos maus, é a nossa intimidade, é onde estão os nossos segredos.
Mas será que para sonharmos ou chamarmos de quarto a um espaço ele terá de ser limitado pelas paredes?
O ensaio que faço é isso mesmo, pessoas a dormirem e provavelmente a sonharem num espaço aberto ou fechado, mas que não é um quarto convencional.
Será o quarto tão simplesmente o sítio onde sonhamos?
Tem piada que quando viajamos e não temos conhecimentos locais há muitas coisas que acabam por nos passar ao lado. Não foi o caso desta viagem a S. Vicente, Cabo Verde, onde tinha o meu amigo Elias para me mostrar os cantos à casa!
O Mindelo é incrível e além dos sítios óbvios há aqueles que nunca iríamos descobrir, como é o caso deste sítio onde o pessoal vai dar uns grandes mergulhos ao fim do dia. Sozinho provavelmente não o teria encontrado, nem tão pouco procurado, mas é isto que adoro nas viagens, descobrir como os locais se divertem e vivem.
Esta é uma série de fotos feitas em frente ao Monte Cara, a montanha mais famosa de S. Vicente, que tal como o nome indica tem a forma de uma cara. A luz estava óptima, os intervenientes também... o resto as fotografias contam.
Se há coisa que não é fácil, pelo menos à partida, é fotografar um fotógrafo. Cada um tem as suas manhas e manias de fotografar e além disso não há muitos fotógrafos que se sintam à vontade do outro lado da máquina.
O ano passado, a revista UP (revista da TAP que está nos aviões) pediu-me um trabalho que era exactamente fotografar o Miguel Claro, reconhecido astro-fotógrafo a nível mundial. Arranquei com a jornalista Maria Ana Ventura e o seu homem e video Maker Tiago Claro (é apenas coincidência o apelido não é familiar do Miguel) para Reguengos de Monsaraz, onde o Miguel nos ia mostrar os astros e levar-nos a incríveis passeios na região que é por excelência dos melhores sítios da Europa para ficarmos a ver estrelas.
Chegámos lá e fomos jantar com o Miguel e a sua mulher Apolónia e ambos se revelaram uns porreiros e acima de tudo com muita vontade que o trabalho corresse bem. Começámos logo bem, a fotografar à meia noite o Miguel e a Apolónia numa canoa dentro do Alqueva. Usámos principalmente a luz da Lua e alguns leds a ajudar. Para nós a abertura do artigo estava feita, mas como havia indicações editoriais para não usarmos fotos escuras, continuámos a busca pela abertura diurna.
O Miguel além de dominar completamente os astros e a astro-fotografia, é uma pessoa super interessante e para mim enquanto fotógrafo e curioso aquele encontro foi muito bom para perceber como outros fotógrafos olham para os seus objectos fotografados.
Foi um fim de semana de sonho (é como se chama a rubrica) onde vi coisas que nunca pensei ver (planetas, constelações) onde conheci pessoas incríveis com paixões diferentes mas tão intensas como as minhas.
Vejam o trabalho do Miguel em www.miguelclaro.com
Já imaginaram um Porsche 911 de 1972 ímaculado do ponto de vista de restauro a andar na terra, como se de alcatrão se tratasse? Pois eu também nunca tinha imaginado até ter sido convidado pela Timeless Garage para o fotografar.
À primeira vista este 911 está todo podre e ferrugento, mas é só à primeira vista. O que se passa é que por cima de uma pintura de milhares de euros levou uma película em vinil autocolante a imitar ferrugem... O resultado está muito parecido com o real, a não ser que estejamos a alguns centímetros do carro. A suspensão foi levantada, os pneus são cardados e quando andamos na terra com ele, não se estranha.
Poder fotografar carros é um previlégio (para quem gosta deles obviamente) mas quando se trata do carro mais sexy do mundo a cena toma outras proporções.
Andámos dias atrás do sol para fazer o photo shooting, quando arrancámos para norte o tempo fechou, a chuva caiu e o nevoeiro apareceu... Azar? não!! uma sorte dos diabos, não há tempo que combine melhor com o Forest Hunter que este.
Já não há muito a dizer, estes dias têm sido cheios de homenagens ao Zé Pedro, seja como for aproveito para deixar a minha.
Corria o verão de 1990, tinha eu 14 anos e fui ver o meu primeiro concerto em Portimão, eram os Xutos & Pontapés e mal cabia em mim de felicidade. Nessa altura o ambiente era heavy para um puto e eu sentia-me um crescido ali no meio... passaram-se mais 25 anos e continuei a ver os Xutos sempre com a mesma pica e a vê-los sempre com a mesma pica! vi-os pela última vez neste 25 de Abril em Odemira onde o Zé Pedro já estava muito debilitado.
No entanto houve um concerto a que poucos tiveram a sorte de assistir. Foi em 2004 na praia da Zambujeira. O concerto não foi divulgado e na altura foi passando via sms que eles e o Jorge Palma iam tocar na Cabaninha, o bar de praia da Zambujeira. Embora com algumas dúvidas fui para lá ao fim do dia a ver o que se ia passar, aos poucos iam chegando os xutos e abacando no bar à conversa e a beber uns copos. As fotos que se seguem mostram um concerto épico do qual me sinto um felizardo por ter assistido e fotografado.
RIP Zé Pedro e obrigado por tudo
Foram 48 horas, 24 delas sem paragem a fotografar uma campanha para o Instituto de Emprego e Formação Profissional, com uma excelente equipa.
Um obrigado ao Miguel Oliveira, Ricardo Damásio, João Monge, produtora "Até ao fim do Mundo" e à agência Moon Lisboa, pelo voto de confiança.
The Raging Bull, ou em bom Português "O Touro Enraivecido" foi dos filmes que mais me marcou em miúdo. A fotografia é incrível, o papel de Robert de Niro também e a história do pugilista Jack LaMota não lhes fica atrás. O boxe fez sempre parte do meu imaginário fotográfico, e há uns 7 anos atrás quando comecei a treinar boxe, aproveitei para fotografar vários combates, sempre com um foco maior no que se passava antes e depois dos combates do que em cima do ringue.
Não fotografava boxe há uns 2 anos, mas este fim de semana haviam 3 cintos em jogo e não resisti aquele ambiente incrível. Nestas fotos estava em jogo o cinto de campeão Nacional profissional de super médios, que seria disputado entre o Ricardo Fernandes (aka Superman) e o Kikanga Kungo, pugilista Angolano que desafiou o campeão em título.
O combate ficou resolvido em minuto e meio com um KO técnico do "Superman" ao Kikanga Kungo. Parabéns à organização por esta excelente gala!
Kikanga Kungo
Superman
Esta conversa já é velha, é digno ou não é digno fotografar casamentos? Para mim sempre foi, é trabalho e trabalhar tem dignidade. Mas há muitos fotógrafos que acham que é pecado fazer casamentos, baptizados e afins.
No mês passado casou um amigo meu, eu tive o enorme privilégio de fotografar a festa. Privilégio pois é mesmo disso que se trata, ter a responsabilidade e a honra de fotografar a festa da vida de um casal, não é para todos, ainda para mais num casamento temático como este.
Vá lá amigos fotógrafos, olhem lá para o cenário e confessem... não gostavam de ter registado esta cerimónia? :)
Viva os noivos!!
Uma das coisas que adoro na fotografia é poder saltar para áreas completamente diferentes, conhecer novos mundos, pessoas e maneiras de viver.
Nunca quis ser o "fotógrafo de surf", nem de nada em especifico... prefiro ser só fotógrafo e registar a vida.
Esta semana estive a fotografar um Land Rover para a Timeless Garage e que gozo me deu. O carro é lindo, o set escolhido também. Algumas fotos estão aqui...
O verdadeiro espirito do surf sente-se aqui, na Figueira da Foz...